segunda-feira, 1 de abril de 2013


Dor, dor de "dodói"!
Dor de tempo do sofrimento que
em meus sonhos se sedimentou e eclodiu!

Ah! Saudade!
Insuportável!
Insuperável!

Tudo caminha pela metade.
Nada é eterno.
Nada se concluiu.

Apenas passo.
Passamos.
Passo pela dor de décadas de perdas.
Se foram...
Fui um pouco com cada um deles.

Nada concluso.
Nada concluo.

Sinto saudade!
Insuportável!
Insuperável!
Não a pedi,
nem autorizei.
Irrompeu!

Será que alguém há de alcançar
a dimensão
dessa minha dor?

Hoje simplesmente não quero ser guerreira,
não quero caçar,
não quero ter que ir além,
ter que ser outra.

Apenas deixar ser essa dor.
Essa dor que me
enfraquece
até o não ser.

Essa dor que sou
é a dor
do que me restará sempre:
Chorar por aqueles que foram
antes de mim.

Uma dor que só
se dilui
no flerte com o difícil despertar
para a vida dos comuns,
que se mistura
com os pequenos afazeres mundanos,
que desaparece
com as projeções
de sonhos 'inda não realizados.

Dor, dor de dó de mim!
Magoou:a dor de dor de novamente doer!
A dor de perdas irreparáveis
a dor da condição do desamparo
da saudade dos que fizeram de mim
o que hoje um pouco sou.
dor da escolha
que faz chagas abertas

Saudade! Ah!
Insuportável!
Insuperável
do que um dia fui em sonho
de mim.

Dor pela morte
de um inseto esmagado
em minha frente
aos meus mais tenros olhares de infante!
Dor de "dodói".

Uma dor que não se explica,
uma dor que é!

Choro.
Choro compulsiva e copiosamente
com dó de mim
como uma formiguinha
morta
que pede a alguém que chore
dolorosamente
por ela.

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